amaeimperfeita

E pensar que houve um tempo em que me queixei do Panda e dos Caricas ? Pipa, Clarinha, Pedro e Matias, desculpem o quão injusta fui. Vocês agora, por comparação com a actual banda sonora, soam-me quase a Leonard Cohen.

Lembram-se de vos ter dito que fui a um evento no Porto de apresentação de uma marca nova em Portugal que tinha um conceito de limpeza totalmente inovador? Pronto, sei que já vos devia ter apresentado o produto deles, mas gosto sempre de utilizar as coisas um período de tempo razoável antes de dar a minha opinião. É que, apesar de me ter sido oferecido, se eu não gostasse ou achasse que não era o que prometia, num instante ia de volta ? Sucede que é tudo o que prometeram no evento, sim senhora. E esta que vos escreve nunca mais usou esfregona na vida (aspirador uso para as carpetes e o robot que deixo ligado quando não estou)! Onde noto um maior ganho de tempo é na limpeza da cozinha todas as noites depois de jantar. A @hizero.pt não é um aspirador no sentido de não ter sucção. Mas remove toda a sujidade dos pisos, mesmo os de madeira, e, ao mesmo tempo, lava-os (com a quantidade de água ideal pelo que serve para soalho e chão flutuante). Por ser uma limpeza biónica não levanta pó (o que é ótimo). Para além de apanhar todo o lixo e de lavar o chão, a grande vantagem (pelo menos para mim) é que limpa sólidos e líquidos que depois ficam depositados em diferentes reservatórios. E não há misturas entre os líquidos que se aspiram e a água que lava o chão, como na esfregona que voltamos a molhar no balde já depois de ter passado na sujidade. Aqui todos os circuitos são separados e a higiene é perfeita e total. Deixo-vos o vídeo que fiz quando se entornaram uns cereais de chocolate, e hei-de ir deixando mais nas stories com outras coisas. A @hizero.pt não é barata (cerca de 600€, creio), mas é muito, muito boa! Ora espreitem e vejam o que vos parece ?

Não imagino a dor de perder um filho e nem quero imaginar o que faria em tal circunstância (só peço, por favor, que a vida nunca me coloque à prova desta forma). Mas tenho lido tantos disparates, ainda que bem intencionados, sobre a morte do pequeno Archie que acredito ser meu dever esclarecer alguns pontos: 1. Morte cerebral não é coma ou estado vegetativo. Morte cerebral é morte. E a morte, como todos sabemos, é irreversível. 2. O menino foi declarado em morte cerebral no dia 31 de Maio e, como tal, estava oficialmente morto desde esse dia. 3. Entendo que o conceito possa ser difícil de entender, mas nós não temos existência real quando o nosso cérebro está morto. Não somos absolutamente nada sem cérebro, nem em termos cognitivos nem físicos. Sem o cérebro a comandar, tudo para. Hoje em dia, com os avanços da ciência, podemos manter o coração a bater durante algum tempo por ser um órgão autónomo e porque o forçamos com fármacos e com a respiração artificial que conseguimos com o ventilador. Mas aquele corpo é uma casa vazia. É o corpo de um morto. 4. A morte cerebral nunca se declara de ânimo leve. Há sempre um exame de imagem (geralmente ressonância magnética), um electroencefalograma e um conjunto de provas de morte cerebral realizadas sempre por dois médicos em simultâneo e em dois períodos diferentes. 5. Nunca se declara morte cerebral em situações dúbias. A morte cerebral é um diagnóstico de absoluto rigor e precisão. 6. Depois de declarar morte cerebral existem duas opções: passa-se a certidão de óbito, desligam-se as perfusões e o ventilador e o corpo segue para a morgue ou, em caso de possíveis dadores, tentamos manter o corpo em funcionamento o tempo suficiente para encontrar receptores compatíveis e realizar a colheita de órgãos. Nestes casos o corpo sai do B. Operatório directamente para a morgue. 7. Desligar “as máquinas” em caso de morte cerebral não pode ser opcional. É obrigatório. E ñ é necessário consentimento de nenhum familiar para o fazer. Estamos perante um morto. Dar-lhe um final digno é tudo o que resta. O pequeno Archie estava morto há meses. Percebo o sofrimento dos pais, mas desligar td foi a única opção racional.

“Acabou a festa para os imigrantes ilegais”, disse Salvini, num comício em Vicenza, corria o ano de 2018. O que não disse, mas sabemos nós agora, é que as suas palavras teriam um eco tão largo que se ouviriam a cada murro e a cada pontapé sofridos por Alika Ogorchukwu, imigrante nigeriano de 39 anos, espancado até à morte há uma semana numa rua de Itália. E como é que os italianos votam nisto? Como é que é possível que tantos italianos embarquem no discurso populista do homem que, sem apresentar dados, debita chavões como “já não há emprego suficiente para os italianos, quanto mais para metade do continente africano”? Talvez porque sintam que a Europa os deixou sozinhos, enquanto viam a Sicília tornar-se uma espécie de campo de refugiados sem fim. (…) Os migrantes, que deviam ser um problema da União Europeia, foram, durante demasiado tempo, um problema só de Itália. E o discurso de Salvini começou a ficar demasiado musical aos ouvidos de muitos italianos que viram naquele populismo barato uma bóia de salvação. O problema é que Salvini e a sua Liga não foram os únicos a propagar este discurso. Também Giorgia Meloni, do partido Irmãos de Itália que fundou em 2012, tem como bandeiras o combate à imigração e à “islamização da Europa”. E o pior? Parece que Meloni está a pouco mais de um mês de assumir a liderança do novo governo italiano. Meloni e Salvini, aliados nas urnas, mas rivais em tudo o resto, são dois sintomas da mesma doença crónica. Uma doença que nasce da fragmentação histórica de um país cujas fronteiras não correspondem à sua identidade real e que nos parecem mais definidas a nós do que a muitos dos seus habitantes. E só analisando o contexto histórico, económico e social do país podemos compreender o fenómeno da ascensão destas figuras. Acontece que compreender não é sinónimo de aceitar e, como tal, por muito que se ame Itália, é impossível não temer pelo seu futuro. Até porque, de uma forma ou de outra, o que acontecer em Itália no dia 25 de Setembro vai acabar por afectar-nos a todos.” A minha crónica desta semana é sobre o crescimento da extrema-direita italiana que se prepara para governar o país a partir do próximo mês. Link na bio.

Tlim, tlim, tlim, o pesadelo chegou ao fim! Nestas últimas duas semanas tratámos de tudo o que faltava por poder encerrar a conta solidária criada para dar aos irmãos da Tatiana a casa que ela recusou. Ora vejamos: Os 60 mil euros, 20 mil para cada menor, já foram transferidos para a conta do único familiar que nos dá segurança e garantias de salvaguardar o dinheiro dos pequenos. Estão neste momento a ser constituídas as três contas poupança que só serão desbloqueadas na maioridade de cada um deles (a Tatiana não tem acesso a este dinheiro). Foram feitas as seguintes doações a juntar a todas as que já tinha vindo a mostrar: 1000€ para o @osorrisodoafonso 1000€ para o projecto @how_i_met_adeline 1070€ (para deixar a conta a zeros) para o @mateus_bebe_sorriso 1599€ para a reconstrução do WC de uma casa de um menino com multideficiência 1080€ para o lar da Granja Deixo todos os comprovativos, de tudo e mais um par de botas, nas imagens. Os de todos os donativos prévios já tinha deixado em publicações anteriores que podem sempre consultar. No meio de todo o mal, stress e angústia que isto trouxe, acabámos por conseguir ajudar cerca de 15 causas diferentes pelo que, acredito, valeu a pena. Agora é esperar que as autoridades competentes e a própria Tatiana façam aquilo que lhes compete e que estas crianças possam crescer com condições e de forma equilibrada. Infelizmente não conseguimos ajudar como gostaríamos, mas sabemos que movemos este mundo e o outro e que fizemos tudo o que foi humanamente possível. Cada cêntimo que caiu na conta que hoje se encerra foi utilizado de forma solidária, pública e absolutamente transparente. E isso basta para nos deixar de consciência tranquila. Obrigada a quem esteve desse lado enquanto durou este maldito pesadelo que, depois de muito trabalho, chega hoje ao fim. ❤️❤️❤️ @bete_casaca @madalena_abecasis

O meu Alberto faz anos hoje e é possível que eu deixe de os fazer já amanhã depois de ele me matar por ter feito esta publicação, mas eu estou inspirada com a coragem dele, pronto. No último ano, a vida do Alberto mudou radicalmente (e não, não foi por me ter encontrado que isso já ocorreu em 2004 na viagem de finalistas a Lloret de Mar). Ele tinha um bom emprego, estável e muito bem pago, mas onde não se sentia feliz. E em vez de se deixar arrastar e consumir pela insatisfação só por precisar do dinheiro, decidiu arriscar. Deu um pontapé na segurança e meteu mãos ao trabalho. Criou a própria empresa, diferente de todas as que conheço na área, exactamente porque ele não se limita a vender produtos. A primeira formação dele, antes da gestão, foi em ortoprotesia. Há anos que trabalha na área da ortopedia, com especial foco na prevenção das úlceras de pressão, e que luta por mudar este mercado onde parece que o conhecimento científico parou nos já nada recomendados colchões de alvéolos e nas almofadas de gel para meter debaixo do rabo. O Alberto, o meu Alberto, sabe exactamente do que fala e prefere não vender do que ganhar dinheiro com produtos já fora das guidelines e sem qualquer evidência científica. Trabalha directamente com lares e com particulares, numa gama de produtos que domina como ninguém. E eu achei que o melhor presente que lhe podia dar hoje seria dar a conhecer o seu trabalho e ajudá-lo a promover aquela que é, agora, o fruto da sua coragem e a menina dos seus olhos (a seguir à Francisca e a mim, é claro). Dito isto, se precisarem de cadeiras de rodas, andarilhos, colchões anti-escaras, almofadas, material de penso ou de consumo clínico é passarem no site e verem o que ele tem para vos oferecer. A qualidade garanto eu que, sabem bem, não ia ser assim namorada de qualquer um. Deixo o site nas stories e na bio, para que saibam onde o encontrar. E a ti, Alberto, parabéns. Possivelmente estavas à espera de uma publicação romântica, mas eu achei que esta continha muito mais amor! ❤️