Ângelo Rodrigues

breves notas: somos um pequeno intervalo de vida num aglomerado de rocha; um dia todos deixaremos de respirar; o Rio de Janeiro é incrível. ____________________________________________________

Cumprimentem o Heitor, não sejam mal educados. #olharindiscreto @netflix

Prontos para remexer no baú dos desejos mais recônditos. A nova série da @netflixbrasil estreia em 2022. #olharindiscretonetflix

O documentário está em destaque na @opto.sic , podes vê-lo gratuitamente na plataforma ?Link na bio.

Imaginemos que em cada cidade era colocado um relógio num ponto estratégico, visível por todos, estilo Cristo Redentor ou Burj Khalifa. Só que em vez de exibir as 24 horas que constituem um dia, este instrumento teria uma outra finalidade. Ao invés de ponteiros e rodas dentadas movidas por pêndulos, veríamos apenas uma contagem decrescente. Esta contagem teria uma função específica, a de vermos o tempo de vida exacto que nos restava. Ou seja, sempre que olhássemos para o relógio lá no alto, saberíamos ao certo quantos anos, meses, dias e horas viveríamos. Seria uma espécie de contagem regressiva, estilo réveillon, mas para a nossa morte. O que mudaria na nossa percepção? Seria a vida um palco de decisões mais sábias ou, pelo contrário, continuaríamos marionetas dos nossos impulsos? Por que continuamos a adicionar anos às nossas existências quando só os deveríamos subtrair? Uma coisa é certa, se o relógio lá estivesse, “carpe diem” não seria mais um trunfo de conversas de café ou uma tattoo irreverente no pulso. Não esqueçamos que a vida, essa misteriosa iniciativa humana, é um eterno aprender a morrer. Temos 8 décadas de angústias e vaidades até que viremos pó, então é bom que até lá o caminho seja proveitoso. É que o Universo, esse grande aspirador da Rowenta, não poupa ninguém. O sacana suga-nos até ao tutano. ________________________________________________

Imaginem que saíamos de casa com uma vela acesa nas mãos. Assim, ao encontrarmos alguém na rua com a chama apagada, poderíamos ceder um pouco da nossa. Sabem o que aconteceria com esse pequeno gesto? Ambos ficariam iluminados. Simples, não? Atentem na equação: vela com vela dá uma chama ainda maior. Somos seres carentes de amor e colagénio, partimos todos do mesmo lugar. Se frequentarmos a mesma escola de generosidade, corremos sérios riscos de nos tornamos úteis na vida de alguém. Conselho dos bons: não apagar a chama dos outros a não ser que trabalhes como bombeiro. Nesse caso, convém apagar. É que depois fica tudo carbonizado, o ar irrespirável, património destruído, e isso é chato. ___________________________________________________