@nunomarkl
Nuno Markl
O assistente de Taskmaster que mordeu o Cão.
Em 2024, é @premiocincoestrelas e @escolhadoconsumidor, por isso não vai reformar-se já.
Humor
Posts
14223
Seguidores
891037
A seguir
3010
#625
Ranking
Posição actual
0.59
Score
Engagement
0
Publicações
Média de 0.00 por dia
0.47
Nível de publicidade
Avaliado pelo uso da hashtag #pub
Últimas publicações

nunomarkl Gostei! Por trás do conceito sofisticado de ficção científica de Dark Matter está um estudo de personagens intimista e com questões nada transcendentais e quânticas. O que é um homem perfeito? O que é uma vida perfeita? Joel Edgerton é Jason, personagem de quem conheceremos várias versões. As duas principais: um Jason 1, professor banal e modesto, com um extremo amor pela família - mesmo que, às vezes, não o saiba demonstrar - e um Jason 2, génio aclamado da ciência, que tem tudo menos a mulher que ama e um filho.
O Jason génio usa a caixa de viagem interdimensional que cria para raptar o Jason banal e ficar-lhe com a família, embora não perceba o mais elementar funcionamento da vida como pai e marido; o Jason banal vê-se dentro da caixa, qual Gato de Schrödinger, perdido num corredor de portas infinitas que lhe dão acesso a múltiplas opções de universo, criadas a partir de todas as opções que Jason tomou e que se desdobram em mais opções, em mais universos e em mais Jasons- embora ele só queira a que lhe permita voltar para a família.
Se Alfred Hitchcock tivesse explorado o fantástico e tivesse colaborado com Rod Serling, talvez tivesse feito Dark Matter: ficção científica humanista com um toque de thriller de identidades trocadas. Poderia ter dado um óptimo filme; sendo uma boa série não escapa a uma ou outra armadilha do formato - esticar aqui e ali, deixar pontos em aberto no final para uma desnecessária temporada 2 (porque é que todas as histórias televisivas ficam em aberto e há uma fobia de criar uma obra única e fechada?). Mas ainda assim agarrou-me e divertiu-me, e é sempre bom rever Jennifer Connelly e apreciar as subtilezas de interpretação de Joel Edgerton, criando vários Jasons diferentes sem precisar de mais do que inflexões de voz, detalhes no olhar. Ficção científica sólida, inteligente e uma abordagem criativa aos multiversos. Está na Apple TV+.
10 meses atrás

nunomarkl Isto está a tornar-se mais e mais real a cada dia.
Hoje conheci o @nunocasanovas - o precioso assistente de realização do filme O Homem Que Mordeu o Cão. Sinto que ele vai contribuir decisivamente para o bem da minha sanidade mental na epopeia que vai ser realizar este filme, em Janeiro. Está a formar-se uma equipa de categoria, à frente e atrás das câmaras.
Por um lado penso: “Calma, é só em Janeiro”. Depois lembro-me que daqui a 20 dias faço anos e o meu último aniversário parece que aconteceu há 15 dias. Isto vai ser um saltinho até lá.
Também na imagem, amparando o meu nervoso miudinho, as shôras produtoras @ventura.anabela e @sofiacarvalhobarata.
10 meses atrás

nunomarkl Um daqueles discos que é um considerável pedaço da minha vida. Tocava muito na casa dos meus pais, que, num dia de 1981, tinham ido à Barraca ver a peça Fernão, Mentes? Minto, adaptação livre da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, e vieram de lá entusiasmados com tudo - incluindo a banda sonora de Fausto. Músicas da peça (e não só) estariam juntas num dos melhores álbuns conceptuais de sempre - Por Este Rio Acima, que conseguia capturar a minha imaginação infantil com imagens de aventuras tragicómicas em tempo de Descobertas - sendo que o conceito de aventuras era vasto e sinuoso: lembro-me de ouvir Navegar Navegar e de, a dada altura, pôr de lado as imagens de caravelas em mar alto - “mergulhar no teu corpo entre quatro paredes”? Essa parte já não era matéria das aulas de História…
Contador de histórias, poeta romântico, satirista afiado (Foi Por Ela é uma sublime balada que, de longe, parece de amor… até percebermos que é sobre tachos na CEE), Fausto Bordalo Dias foi grande, muito grande, e muito genuíno e íntegro até ao fim. ❤️
10 meses atrás